quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Não fazemos amigos, reconhecemo-os



Nunca fui uma amiga muito boa.
Sempre achei isso, e a maioria delas concordam. Sou uma péssima amiga.

Não dou presentes. 
Não vou a festas. 
Não dou noticias. 
Não ligo. 
Não mando sms. 
Esqueço aniversários e datas importantes. 
Não, tudo o que uma amiga que se preze normalmente faz ou lembra.

Não deixo de fazer isso porque quero. Mas não sei o que acontece comigo. 
Sabe aquela historia de deixar a as pessoas livres, e blá blá blá... Acredito que possa ser isso, ou não. Pode ser só um déficit de atenção para amigos, ou as vezes preguiça da minha parte. HAHAHAHA

Enfim, o que estou tentando fazer é agradecer a todos que estiveram, estão e que uns dias estarão ao meu lado. Mesmo com todos os defeitos e dificuldades, continuam firme tentando gostar pelo menos um pouquinho de mim, e ainda me denominam amiga.

Amizade é algo maior. É sentir que essa amizade não é atual e sim eterna. Digo eterna, mas não no tempo humano, e sim na essência do ser.

Um amigo se reconhece no olhar. Independente de cor, raça, religião, idade, sexo e época. Com um olhar que não atravesse, vemos além do que é visível para nos.

Quero que você amigos, me desculpem por tantas falhas, mas amizade também é isso. É saber compreender e respeitar. Às vezes passamos do limite, não somos santos.Apenas peço e espero que cada erro cometido em nossa amizade, se transforme em uma lembrança boa, de um momento sensacional que passamos juntos, isso fortalecerá nossa amizade e fará bem para que ela continue bela na eternidade Divina.

"Não fazemos amigos, reconhecemo-os" Vinicius de Moraes. 

Amo vocês, e agradeço todos os dias por ter tido a graça de reconhece-los! 

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

O Mundo é Plural

Vou utilizar este espaço também para compartilhar alguns textos que li e gostei. 

“Para mim, as diferentes religiões são lindas flores, provenientes do mesmo jardim. Ou são ramos da mesma árvore majestosa. Portanto, são todas verdadeiras”.


A frase que você acabou de ler foi dita por Mahatma Gandhi.
Veja quanta sabedoria nas palavras do homem que liderou a independência da Índia sem jamais recorrer à violência!
Nos tempos atuais, são raros os que realmente têm uma posição como a de Gandhi, que manifestava um profundo respeito pela opção religiosa dos outros.
Muitas pessoas acreditam que sua religião é superior às demais. Acreditam firmemente que somente elas estão salvas, enquanto todos os demais estão condenados.
Pouquíssimas pensam na essência da mensagem que abraçam, já que estão muito preocupadas em converter almas que consideram perdidas.
E, no entanto, Deus é Pai da Humanidade inteira. Todos nós temos a felicidade de trazer, em nossa consciência, o sol da Lei Divina. Ninguém está desamparado.
De onde vem, então, essa atitude preconceituosa, exclusivista, que nos afasta de nossos irmãos?
Vem de nosso pensamento limitado e ainda egoísta. Quase sempre o homem acredita que tem razão.
Imagina que suas opiniões, crenças e opções são as melhores. Você já notou que a maior parte das pessoas acha que tem muito a ensinar aos outros?
É que, em geral, as pessoas quase não se dispõem a ouvir o outro: falam sem parar, dão opiniões sobre tudo, impõem sua opinião.
São almas por vezes muito alegres, expansivas, que adoram brincar. Chamam a atenção pela vivacidade, pelos modos espalhafatosos, pelas risadas contagiantes e pelas conversas em voz alta.
Mas são raras as vezes em que param para escutar o que o outro tem a dizer.
São como crianças um tanto egoístas, para quem o Mundo está centrado em si ou na satisfação de seus interesses.
É uma atitude muito semelhante a que temos quando acreditamos que o outro está errado, simplesmente por ser de uma religião diferente. É que não conseguimos parar de pensar em nossas próprias escolhas.
Não estudamos a religião alheia, não nos informamos sobre o que aquela religião ensina, que benefícios traz, quanta consolação espalha.
Se estivéssemos envolvidos pelo sentimento de amor incondicional pelo próximo, seríamos mais complacentes e mais atentos às necessidades do outro.
E então veríamos que, na maioria dos casos, as pessoas estão muito felizes com sua opção religiosa.
A nossa religião é a melhor? Sim, é a melhor. Mas é a melhor para nós.
É óbvio que gostamos de compartilhar o que nos faz bem. Ofertar aos outros a nossa experiência positiva é uma atitude louvável e natural.
Mas esse gesto de generosidade pode se tornar inconveniente quando exageramos.
Uma coisa é ofertar algo com espírito fraternal, visando o bem. Mas diferente quando desejamos impor aos demais a nossa convicção particular.
Se o outro pensa diferente, respeite-o! Ele tem todo o direito de fazer escolhas. Quem de nós lhe conhece a alma? Ou a bagagem espiritual, moral e intelectual que carrega?
Deus nos deu nosso livre arbítrio e o respeita. Por que não imitá-Lo?
Enquanto não soubermos amar profundamente o próximo, respeitando-lhe as escolhas, não teremos a atitude de amor ensinada por todas as religiões e pelos grandes Mestres da Humanidade.

Texto da Redação do Momento Espírita.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Mais do mesmo :)


Lá vamos nós novamente, eu e meu notebook, arriscar algumas escritas por aqui.

Se não fosse por meus surtos com a tecnologia, redes sociais, esse blog já teria acho que uns 5 ou 6 anos?! 

Mas eu sou assim, como diz um grande irmão, “essa metamorfose ambulante” e prefiro mesmo é ser assim.

Pois bem, sinto necessidade de mudança, mesmo que volte atrás e pense que foi impulsivo, ou mesmo que acerte na mudança e a leve comigo até sentir que preciso sacudir a poeira da rotina e buscar algo, pode ser até que não seja novo (como o blog, rs), mas que seja diferente, para um momento diferente.

Todas as vezes que exclui esse blog, salvei minhas postagens, e nessa semana comecei a pensar na possibilidade de escrever, nem que seja esporadicamente por aqui. Procurei algumas postagens antigas. Li...
Ontem encontrei uma grande amiga, o transito péssimo, e ficamos um bom tempo conversando, coisa não fazíamos há alguns anos (quem sabe?!). Foi nostálgico.

Sabe aquela camisa preferida que combina com tudo e que você não usa há anos? Ou aquele livro sensacional que você leu há uma década, e que hoje você não sabe onde está... Um dia, você se pergunta: Será que ainda tenho esse livro? Será que joguei fora junto com as roupas de doação? Será que emprestei e não me devolveram? Será?

Nesse dia, você se vê parada no transito, tirando tudo do lugar, para tentar encontrar um mísero detalhe que te lembre onde está tudo isso. Diante dos teus olhos, com o quarto de pernas pro ar, você vê escondido, amassado, esquecido. Você pega com cuidado, olha, tira a poeira, tenta se lembrar como foi que você pôde fazer isso, deixar de lado essa lembrança? De esquecer um capitulo sequer do livro que formou e transformou o que você é hoje. Do momento em que seus amigos estavam reunidos comemorando seu aniversário e você usava aquela camisa?

...Li e percebi que muito do que fomos é esquecido. Lembranças que são afogadas todos os dias, pelo trabalho, pela rotina embaraçada que temos. Por amores e amigos que vieram e se foram, por aqueles que ficaram, e ainda todos os que virão.

 Isso é ruim? Não vejo dessa forma. Apenas sinto que devemos prezar mais por momentos bons que tivemos, não digo reviver o passado, é impossível, não temos mais a mesma simplicidade de lidar com algumas coisas. Nós crescemos, amadurecemos e enrijecemos o nosso coração, foi isso que nos ensinaram, desde sempre. Crescer exige responsabilidade, maturidade e não há tempo pra pensar, sentir, ouvir, abraçar ou amar.

Há alguns dias atrás ouvi em uma preleção uma coisa simples que deveríamos aplicar no nosso dia a dia, faria uma diferença e estaríamos guardando e organizando nossa memória com relação a momentos especiais e simples.

Ouça, mas ouça ouvindo. Coma, mas coma comendo. Sorria, mas sorria sorrindo. Converse, conversando. Abrace, mas abrace abraçando.

Faça o que quer que seja, mas faça sem pensar em mais nada além da ação que está realizando. Abraçamos? Sim. Mas pensando no que vamos fazer na janta. Conversamos? Sim. Mas lembrando da conversa que tivemos com nosso chefe na reunião da manhã.

Diante disso, o que adianta um abraço, uma conversa sem sentimento, automatizada?

No momento em que fizermos isso, nossas lembranças do passado começaram a ficar arquivadas dentro do coração e não jogadas e entulhadas em nossa mente.