segunda-feira, 14 de julho de 2025

Inae — Dez anos de encantamento


No dia 6 de fevereiro de 2016, às 07h50 da manhã, nasceu um novo mundo. Um mundo com o cheiro doce da sua pele, com o som do seu primeiro choro, com o brilho do seu olhar recém-chegado. Naquele momento, nascia você — e comigo, nasceu outra mulher.

Dez anos se passaram desde aquele instante mágico. E ainda hoje, me lembro dos cabelos bagunçados, das roupas com cheiro de leite, das noites sem dormir. Me lembro das lágrimas de medo, de amor, de espanto, de riso. E, acima de tudo, me lembro da transformação: a de ser tua mãe.

Inae. Seu nome já carrega o mar — rainha, força, fluidez e mistério. Te dei esse nome em homenagem a Iemanjá, e mal sabia eu que você seria mesmo filha das águas. Você dança como as ondas, é sensível como as marés e forte como o oceano. Um ser de luz, de doçura, de coragem.

Você é aquela que sorri fácil, que tem os cabelos quase loiros, encaracolados e indomáveis como sua alma. Você é quem dança comigo na sala ao som de Sorriso Maroto, Raul Seixas, Gilsons, Black Sabbath e até System of a Down. Você é música. Ritmo. Harmonia. Você tem algo de ancestral.

Já foi bailarina, agora luta jiu-jitsu com disciplina e garra. Já ganhou medalhas e campeonatos, mas o que mais me orgulha é seu jeito de não ter medo de tentar. Você não se apequena diante do novo — você mergulha, se joga, experimenta.

Você é vaidosa e independente, carinhosa e gentil, educada e responsável. Às vezes me pergunto se a liberdade que te demos te pesa. Mas então te vejo livre, leve, brilhando no que faz — e entendo: você nasceu para o mundo. E o mundo, minha filha, está mais bonito desde que você chegou.

Te vejo crescer com espanto e gratidão. Já passaram os primeiros dentes, as primeiras palavras, o primeiro passo. Já vieram as letras, os livros, as histórias, os questionamentos, os sonhos. Já vieram as amizades, as descobertas, os desafios. Já vieram a praia, o mar, os ventos, os bichos, as viagens, as risadas — e ainda virá tanto mais.

Você carrega em si todos os elementos: o fogo da curiosidade, o ar da liberdade, a terra da firmeza e a água da intuição. Seu cérebro é um universo em expansão, sua alma é cheia de cores, e seu coração… ah, seu coração é morada de tudo que há de mais bonito.

Filha, cuidar de você é, todos os dias, cuidar de mim também. Porque ao te ver crescer, eu me transformo. Me reinvento. Me humanizo. Obrigada por me ensinar o que é amor incondicional. Obrigada por me mostrar que ser mãe é mais do que proteger — é também permitir, acompanhar, confiar e deixar ser.

Que esses dez anos sejam só o começo de uma linda jornada. Que a menina que você foi, com sua curiosidade viva e seu espírito aventureiro, continue caminhando ao lado da mulher incrível que você está se tornando.

Parabéns, Inae. Minha flor do mar. Minha espatódea em flor. Meu amor mais profundo. Minha filha.

Dez anos de você, dez anos de nós


No dia 06 de fevereiro de 2016, às 07h50 da manhã, minha vida mudou para sempre. E mudou de um jeito que nenhuma leitura, conselho ou preparação emocional poderia prever. Naquele instante, nascia você — e comigo nascia outra mulher, outra versão de mim.

Me lembro do caos dos primeiros dias: o corpo cansado, o cheiro agridoce de leite, as roupas que pareciam pijamas, os banhos corridos, o cabelo sempre preso, os choros noturnos, os medos... E também o amor. Um amor que doía no peito de tão grande. Um amor que me ensinou que o tempo tem outro ritmo quando se é mãe — os dias parecem eternos e, ao mesmo tempo, passam depressa demais.

Sinto saudade da sua primeira risada, do seu primeiro dente, da sua primeira palavra, do seu primeiro passo... E agradeço por estar ao seu lado em cada um desses momentos. Ainda me lembro do alívio de conseguir o parto normal, de conseguir amamentar, de sentir aquele “olhar que não atravessa”, que só mãe entende.

Agora, quase dez anos depois, você é essa menina linda, de cabelos quase loiros e encaracolados, sorriso fácil e alma generosa. É carinhosa, vaidosa, gentil, educada e responsável até demais. Às vezes até me preocupo se não estamos deixando peso demais em seus ombros, de tão autônoma que você é. Mas ao mesmo tempo me enche de orgulho ver a sua coragem diante do novo — você não tem medo de tentar. Seja no balé, onde você arrasava, ou agora no jiu-jitsu, encarando campeonatos com garra e leveza.

Você é música, minha filha. Desde sempre. De Raul Seixas a Gilsons, de Sorriso Maroto a Black Sabbath, seu gosto musical é uma mistura linda de referências e sentimentos. Dançar com você na sala continua sendo uma das minhas maiores alegrias.

Nestes dez anos, aprendi o que é amar sem condições. Aprendi a comer escondida, a pausar filmes em cenas que antes nem me incomodavam, a responder a mesma pergunta 135 vezes, a me conter para não soltar um palavrão e a ser uma pessoa melhor — não só por mim, mas principalmente por você. Vi meus limites sendo testados, revi tudo o que jurei que "nunca faria quando fosse mãe", e me redescobri em tantas pequenas grandes coisas.

Ser sua mãe é ter aprendido a renunciar e, ao mesmo tempo, ter ganhado um mundo inteiro. É saber que, mesmo nos dias mais difíceis, olhar pra você faz tudo valer a pena.

Obrigada, filha, por me transformar todos os dias. Obrigada por me ensinar o valor das pequenas coisas, por me lembrar da beleza de uma dança no meio da sala, por me mostrar que a vida pode ser leve mesmo quando exige força.

Você é minha espatódea: forte, intensa, cheia de vida. E se hoje eu sou quem sou, é porque você floresceu em mim.

Te amo mais do que as palavras podem alcançar.

quarta-feira, 6 de setembro de 2023

 Iemanjá me acolheu e me deu um mundo tão mais bonito, eu abri meu coração e ela me estendeu a mão.

Faz que suas areias sejam meu chão, teu mar sejam meu acalento, teu canto seja luz para meu caminho.
"Não misturo, não me dobro, a rainha do mar anda de mãos dadas comigo. Me ensina o baile das ondas e canta, canta, canta pra mim. O veneno do mal não acha passagem e em meu coração, Maria acende sua luz e me aponta o caminho."



 É hoje completa três anos desde que eu conheci o amor incondicional, aquele que é tão forte que chega a doer o peito.

Faz três anos desde que eu tive uma noite tranquila de sono, que comi tranquila e sozinha um prato inteiro de comida, que minhas roupas ficavam impecáveis quando eu saía, que podia comer um chocolate sem me esconder no banheiro.
Três anos desde que eu aprendi a responder 135 vezes a mesma pergunta, que aprendi que a paciência faz parte do dia a dia, que aprendi o quanto nossos pais tinham razão quando diziam "quando você tiver seu filho voce vai ver".
Três anos desde de que eu me vi tentando acertar o nome da minha própria filha, sem trocar pelo menos uma vez pelo nome de um dos meus sobrinhos.
Três anos desde que comecei a tentar todos os dias ser uma pessoa melhor e não falar palavrão. Três anos que pulos às cenas de sexo nos filmes e séries, e que comecei a assistir o mesmo filme por três meses seguidos.
Três anos desde que comecei a nadar em uma piscina de cuspe por todas as vezes que disse que não faria uma coisa quando fosse mãe e depois de um tempo me vi fazendo.
Hoje três anos depois de me tornar mãe, sei o que é ser mãe. Sei o quanto abdicamos de nossos desejos e vontades. Não é fácil, não é simples, alguns dias tenho vontade de sair correndo, mas é gratificante ver aquele ser que antes dependia totalmente de você, se tornar independente para fazer suas escolhas.
Filha, muito obrigada por nos ensinar o que é o amor, obrigada por nos lembrar de ser gratos pelas pequenas coisas.

 O fechamento de um ciclo é sempre uma oportunidade de renascimento interior. É assim que vejo esse momento, o encerramento de um ciclo de quase 5 anos, que terminou hoje.

Não tive a oportunidade de me despedir de todas, por isso quero agradecer imensamente cada uma que fez parte desses anos no CEI. Cada teatro, cada atividade, cada momento com cada criança foram imprescindíveis para meu crescimento não só profissional, mas principalmente pessoal, já que dentro desses anos minha vida tomou um rumo que jamais imaginei, foi com vocês que senti cada enjoo da gestação, a felicidade de ver o primeiro ultrassom, a festa da casa nova, a alegria de receber cada lembrança de vocês no chá de bebê, a incerteza do retorno depois do parto, enfim cada momento desses sempre pude contar com o apoio de pessoas maravilhosas que sempre estarão dentro do meu coração.
A vida é a nossa grande mestra. Tudo o que nos acontece está de algum modo nos favorecendo, seja para nos melhorarmos, seja pra nos despertarmos da nossa zona de conforto, ou adquirirmos alguma habilidade ou mudarmos algum aspecto. O propósito é sempre o nosso aprimoramento.
Sempre acreditei, que a vida é fluxo, movimento, é a negação da estagnação. Nada é definitivo, muito menos de nossa propriedade. Acreditamos que coisas e pessoas são nossas. Na vida não existem garantias, nem datas de validade.
Dentre tantas amizades que fiz, vejo hoje a importância de criar laços, de exercitar o perdão, a caridade, o sair de si para ajudar o outro. Nosso grande desafio agora é o cultivo dessa amizade.
Oxalá sabe o quão grata sou a tudo que vivi e a todos com quem convivi.



 No dia 06 de fevereiro de 2016 às 07:50 da manhã minha vida se transformou de uma maneira que jamais imaginei que seria possivel... E hoje dia 13 de agosto de 2019 pude registrar esse momento.

Naquele dia, um misto de hormônios malucos, choros noturnos, um cheiro de azedo que até hoje as vezes sinto;
O cabelo sem lavar, a roupa suja de leite, as roupas que mais pareciam pijamas;
Os dias que pareciam eternos, mas que aos poucos passava tão rápido que quando dei por mim tudo isso se transformou no sentimento de alívio. Alívio primeiro por ter conseguido o tão sonhado parto normal, por ter conseguido amamentar e sentir a sensação do "olhar que não te atravessa"; Por ter a oportunidade de ver o primeiro sorriso, o primeiro dente, a primeira palavra, o primeiro passo, o primeiro dia de aula, a primeira apresentação, a primeira birra... E junto com a sensação de alívio, veio a felicidade de estar junto, de aproveitar cada momento ao lado desse ser iluminado que é você minha filha.
E hoje esse registro, como um rito de passagem desses momentos tão difíceis e tão sublimes que só a maternidade por proporcionar a nós mulheres.
A espatódea é o símbolo do amor que sentimos por você ❤
Obrigada mais uma vez @thiagotostattoo
Você arrasou!

 Não é fácil criar filhos, nunca foi.

Hoje eu entendo o quão difícil deve ter sido pra minha mãe criar três em uma época tão difícil e com tão pouco, e assim também foi com o @divieira8 na sua criação.
Hoje com a nossa pequena podemos proporcionar coisas que nossos pais jamais puderam.
Ontem fui com a Inaê no shopping e quando entramos em uma loja ela viu uma boneca e foi amor a primeira vista. Mas o brinquedo que ela havia pedido já estava comprado aguardando o "bom velhinho" colocar embaixo da árvore na noite de natal, então expliquei que não iríamos comprar já que ela havia pedido outra coisa de natal.
A tristeza foi imediata. Saímos da loja e ela cabisbaixa falou: - mãe e meu porquinho? Será que dá pra comprar com o dinheiro que tem lá? Eu com medo de falar que sim, falei que íamos pra casa e caso tivesse poderíamos voltar e comprar.
Pois quando chegamos em casa abrimos o porquinho e por incrível que pareça tinha praticamente todo o valor da boneca lá dentro, pra minha felicidade kkk
Hoje fomos na loja e buscamos a tão querida boneca, levamos o porco e contamos moeda a moeda para a felicidade do moço que estava no caixa. A alegria dela de estar comprando um brinquedo com o dinheiro dela não teve preço, foi demais poder participar disso.
Eu não sou a melhor para falar sobre educação financeira, mas acho que começa assim, mostrando que dinheiro não é "sujo", que tudo tem um valor e que não é fácil comprar qualquer coisa, leva tempo, leva paciência, e muita disciplina, mas que no fim a recompensa chega ❤️